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Teoria Queer e Violência Contra a Mulher

Por Sheila Jeffreys

Eu quero falar sobre como queer e teoria pós-moderna afetaram a habilidade de feministas e lésbicas de organizar-se contra, ou mesmo reconhecer violência contra mulheres. Na teoria queer e pos moderna, baseada no individualismo liberal, formas importantes de violência são renomeadas ´transgressão´, ´escolha´ ou ´agência´. Eu vou concentrar nas 3 formas de violencia aqui, a prostituição de homem abusando de mulheres, a violência de operações transexuais e a violência da industria da modificação corporal.

Meu ponto de partida é aquele velho mas pouco compreendido slogam feminista: ´Nosso corpo nós mesmas´. Em relação à violência, eu sugiro, isso tem dois importantes significados:

1/ A objetificação de mulheres no qual os corpos são tratados como objetos para outros usarem, à revelia de nossa vontade ou pessoalidade, como em estupro, abuso infantil, prostituição, são danosos para nós mesmas. O que é feito aos nossos corpos afeta a nós. Para sobreviver aos usos abusivos ou violentos de nossos corpos nós temos que aprender a dis-associar* para sobreviver. Em relação a prostituição o entendimento de ’nosso corpo, nós mesmas’ nos capacita reconhecer o mal da dis-associação que mulheres prostituídas tem de fazer uso de forma a sobreviver a violação de seus seres é constituiída pela violência sexual comercial.

2/ O slogam ’Nossos corpos, nós mesmas’ também significa que nossos corpos não são o problema. Esse foi o entendimento que deu base aos grupos nascentes de conscientização que capacitaram tantas mulheres a aceitar o formato de seus corpos e abrir mão de maquiagem e outros disfarces. Os problemas que mulheres e homens podem ter com as formas de seus corpos, configuração genital, são politicamente construídos em uma sociedade de supremacia masculina na qual mulheres, e alguns homens, são sexualmente e fisicamente violados por homens, na qual construções de gênero e de corpo perfeito são usadas para reinforçar controle social e a criação de uma dominação masculina e subordinação feminina. Descontentamento com nossos corpos que surge dessas condições políticas é um problema político, e a mutilação de corpos é uma ação que visa cortar fora os corpos para fazê-los caber dentro de um sistema político abusivo ao invés de procurar mudar o sistema para caber os corpos que de fato as pessoas têm.
Um valor básico feminista é a criação de uma sexualidade da igualdade na qual nós podemos permanecer em nossos corpos e celebrá-los como o são.
Em condições de opressão nenhuma dessas coisas é fácil. Nos anos 80 houve um backlash (reação) contra esses entendimentos fundamentais do feminismo. Feministas que trabalhavam em pornografia, em abuso sexual, em maquiagem, em sapatos de salto alto e outras belezas prejudiciais foram então tachados de: politicamente correto, puritanismo, anti-sexo.

As forças que alimentaram esse backlash:

1/ Liberalismo. O ponto de partida de feministas radicais que restringiram a compreensão de políticas para o mundo público, ganhou status nos 80 e 90. O ponto de vista de feministas liberais estadunidenses como Katie Roiphe e Naomi Wolf, e a jornalista britânica Natasha Walters, tão amada dos editores e da mídia, que mulheres são igualmente empoderadas o bastante para lidar com todos esses inconvenientes de suas vidas privadas, assédio sexual, estupros em namoros, espancamento, fazer todo trabalho de casa, de fato se torna exatamente como o liberalismo que dá suporte a políticas queer e pós-modernas.
Mulheres precisam ser ’power feminists’ [feministas empoderadas] diz Naomi Woolf. Nós estamos livres para usar maquiagem mas é supreendentemente certo de que são ainda mulheres que estão escolhendo essa forma de empoderamento. Aparentemente há um nível de campo lúdico mas homens não estão se aglomerando para retirar suas olheiras, usar batom, sapatos torturantes e saias curtas apertadas.
Práticas de violência são justificadas sob a rubrica do consenso. Sadomasoquismo, prostituição e cirurgia plástica não são compreendidas como práticas de opressão criadas através de relações de poder desiguais em supremacia masculina. Elas são portadas como invenções femininas para o prazer de mulheres ao invés de práticas tradicionais danosas.
A fetichização de consenso e escolha e seu set aplicado a estupro em namoros, é adotado de maneira ardente por pós-modernistas e teoristas queer que promovem sadomasoquismo e prostituição, transexualismo e body modification como o máximo em auto-realização e empoderamento.

2/ Pos-modernismo. Um set de idéias criado marjoritariamente por homens gays e em geral ininteligível. Homens intelectuais franceses vêm sendo adotados com aparente entusiasmo por muitas acadêmicas feministas e teóricos queer nos anos 80 e 90. Essas idéias foram sendo empregadas eu sugiro que seja porque algumas mulheres e homens gays queriam carreiras acadêmicas que são bastante difíceis de sustentar se você manter uma perspectiva feminista radical. Apenas as idéias de homens respeitados por outros homens farão você ir longe na acadêmia. Então feministas e homens gays vestiram as idéias do sadomasoquista Michel Foucault, por exemplo. Ele se tornou mais popular que Marx era nos 60 entre os trendies e progressistas. Em muitos departamentos como os de estudos culturais ele esteve e é compulsório.
O que essas idéias contribuiram para feminismo e o entendimento da violência? A idéia de que não há algo do tipo ’mulher’. Que isso é essencializante, e inaceitável é falar da experiência de mulheres ou opressão das mulheres porque mulheres são todos indivíduos completamente diferentes. Opressão adicional não existe porque poder apenas flui sem direção, apenas constantemente recriando a si mesmo nas interações de pessoas bem intencionadas, na comunicação. Não há algo como ’verdade’, o que convenientemente permite um relativismo moral no qual é bastante fora de moda protestar contra qualquer comportamento ou condição de opressão.
Essa é uma teoria espetacularmente inadequada para analisar violência e assim, graças a isso, não muitas feministas pós-modernas tentam fazê-lo. Elas estão mais interessadas em mídia, representações e fantasia, não em comportamento real ou circunstâncias materiais. Quando elas se aproximam de violência os resultados são bizarros. Sharon Marcus sobre estupro nos diz que estupro ocorre porque mulheres erraram no script. Se mulheres forem capazes de mudar o script então homens não as estuprariam. Isso desloca a culpa pelo estupro de volta às mulheres, algo que feministas tiveram sempre tentado mudar. Shannon Bell nos conta que não há ’significado inerente’ para prostituição. Se fosse o caso de que prostituição não possui significado em termos de relações de poder, então homens estariam se alinhando nas ruas para serem pegos em carros por mulheres que desejariam defender as coisas no seu âmago. É realmente difícil de sobrever assim as relações de poder na prostituição mas pós-modernistas podem fazê-lo.
Feministas pós-modernas nos dizem que o corpo é um texto. Não verdadeiramente real, mas um texto que pode ser rentavelmente reescrito. Então feministas pós-modernas são usadas pra justificar body modification. O ezine de body modification tem artigos justificatórios que citam teóricas ’feministas’ como Elizabeth Grosz e Judith Butler para legitimar as práticas anunciadas nos websites, tanto que página após página de propagandas de diferentes estúdios de piercing e cutting de todo o mundo ocidental com fotos de suas mercadorias. As fotos mostram partes na maior parte de corpos de mulheres lacerados, costas esfoladas abertas, músculos de carneiros com desenhos grandes e sangrentos neles cortados, estômagos simplesmente cortados sem qualquer desenho particular. As webpages muitas vezes portam bandeiras do arco-íris e o slogam ’assumida e orgulhosa’. Essas jovens lésbicas estão apenas reinscrevendo o que nós fomos orientadas.

3/ Teoria Queer. A teoria queer adapta as idéias dos pós-modernistas para os interesses de alguns homens gays. Elas são usadas para re-nomear formas variadas de violência como sadomasoquismo e transexualismo como ’transgressão’. Teoria queer é grande na importância da ’transgresssão’ das fronteiras corporais o que acaba por significar carregando formas de violência em cima disso. O entusiasmo com ’transgenerismo’ muitas vezes dito ser diferente de transexualismo também requer maior reformatação do corpo ofensivo com substâncias químicas se não cirurgia atual. Em teoria queer mulheres prostituídas são transformadas em uma minoria sexual, ou em um ’movimento de afirmação’ junto com outros praticantes ou vítimas de violência como sadomasoquistas, pedófilos, transexuais e vistos como rebeldes criando um novo futuro sexual. De fato, claro, mulheres prostituídas estão tendo que dis-associar para sobreviver, e não sendo liberadas sexualmente. Estão servindo à liberação sexual de seus colonizadores, os homens.
De fato as práticas de violência que são celebradas em teoria queer podem todas ser vistas como resultantes da opressão. Mas teoria queer, sendo baseada em individualismo liberal, não reconhece as políticas como sendo concernentes ao templo do privado. Sexo é privado e além das análises apesar de que as políticas queer demandam que homens gays sejam empoderados para clamar largas áreas do espaço público nas quais pratiquem seu sexo ’privado’. Essas áreas nas quais mulheres são feitas se sentirem desconfortáveis ou nas quais sejam feitas parecer muito perigosas para mulheres se aventurarem, por causa do delicioso senso de medo e apreensão que homens gays criam em campos de caçada por silenciar e rondar estão agora sendo oficialmente designadas como ’ambientes de sexo publico’ por exemplo nas políticas de HIV nas cidades escocesas. Logo homens gays apropriaram-se de largos pedaços de parques, fontes, ruas como sua possessão própria.
Políticas Queer nas formas de grupos como Sex Panic [Pânico Sexual] nos EUA e Outrage [Ultraje ou numa leitura dúbia, Raiva pra Fora] no Reino Unido, milita pelos direitos individuais de homens gays para injuriar outros em sadomasoquismo para seu entretenimento, a usar garotos em prostituição e pornografia, de adquirir espaço público para suas práticas. Um homem foi recentemente condenado por assassinato em Melbourne por enforcar outro homem na prática sadomasoquista de asfixiamento. Esse homem, proeminente em sadomasoquismo gay em Melbourne, um businessmen do sadomasoquismo associado com gerenciar clubes de SM para lucro, roubou os cartões de créditos do homem morto e seu carro e fugiu para o norte em Queensland. O bom é que ele pegou 5 anos de prisão. Minha perspectiva de todas essas práticas de violência sobre eles como sadomasoquismo, transexualismo e mutilação é que os perpretadores estão sempre errados. Não importa o quanto alguém peça para ser abusado é ainda assim errado complacer e é particularmente chocante fazer lucros em cima disso.
O que liberalismo e suas formas mais fashionáveis em pós-modernismo e teoria queer vem fazendo é desaparecer o opressor. Todas práticas de violência são vistas como ’escolhidas’ por agentes desejosos de, e visto também como politicamente progressivo e transgressivo.
Práticas Tradicionais Prejudiciais
Eu quero procurar com mais detalhismo de onde essas práticas de violência surgem e sugerir que elas de fato deveriam ser reconhecidas como práticas tradicionais prejudiciais. Em 1995 os Estados Unidos publicou indicadores de ’Praticas Tradicionais Prejudiciais e seus efeitos na saúde de mulheres e crianças’. As práticas descritas pelos indicadores sociais eram quase todas não-ocidentais. Elas incluíam mutilação genital feminina, casamento infantil, preferência do filho, alimentação forçada. A única prática listada que claramente dá cobertura também às culturas ocidentais é violência contra mulher e nessa prática está incluida prostituição.
Eu penso que é uma maneira bem útil de entender prostituição assim como as outras práticas de violência que eu venho discutindo aqui. Prostituição cabe muito bem dentro do critério de reconhecimento de uma prática tradicional prejudicial como definida pela UN.

1/ Prejudicial para a saúde de mulheres e crianças : Isso é certamente prejudicial para a saúde de mulheres e crianças pelo dano à auto-estima, tendências suicídas e auto-mutilação, doenças sexualmente transmissíveis e HIV, dano aos sistemas reprodutivos, gravidez indesejada, uso de drogas pra aguentar a violação e para prender mulheres e crianças à cafetçies e bordéis.
2/ Emerge da subordinação de mulheres : prostituição claramente surge da subordinação das mulheres. É uma prática na qual as vítimas são mulheres e crianças expostas e os perpretadores são quase totalmente homens através da história e culturas. Essa é uma prática que explora o despoderamento de mulheres e crianças, economicamente, fisicamente e em relação com dominação masculina adulta e a submissão de mulheres e crianças.
3/ Suportada pelo peso da tradição : prostituição é frequentemente descrita pelos apologistas como ’a profissão mais antiga’ o que, longe de ser uma justificação, de fato poderia ser vista como uma particular acusação das sociedades ocidentais presentes que aclamam a si mesmas progressivas e comprometidas com igualdade embora mantenham séculos de velhas formas de escravidão em relação a mulheres e crianças.
4/ Toma uma aura de moralidade : uma vez que é fácil ver em relação à tais práticas de mutilação genital feminina desde envolvimento de mulheres na prostituição tem tradicionalmente levado a punição e isolamento social, é possível ver prostituição ganhando uma aura de moralidade agora com sua legalização em muitos países incluindo Victoria na Austrália onde eu vivo. Quando o relatório ILO (1) do último ano em prostituição chamado ’O Setor Sexual’ chamou pelo reconhecimento da utilidade da prostituição para as economias da Ásia Sudeste então o status de prostituição como uma indústria se não de mulheres prostituídas por si mesmas, está mudando rapidamente. Certamente prostituição se não sempre vista como moral é vista como inevitável na maior parte dos países do mundo e isso mostra a natureza profundamente enraizada de sua aceitação, sua implantação nas culturas de dominância masculina.
5/ Escolhida e infligida sobre mulheres por si mesmas: apesar disso não estar no critério oferecido pela UN de práticas tradicionais prejudiciais Eu penso que é um elemento importante da maioria deles, excluindo reconhecida violência masculina como em estupro de crianças e violência doméstica. Em muitas das práticas nas quais mulheres e crianças do sexo feminino são preparadas para o casamento e escravidão sexual, mutilação genital feminina, alimentação forçada etc. mulheres são as torturadoras de outras jovens mulheres como Mary Daly apontou em sua análise dos sado-rituais que concordam muito bem com o que a UN agora chama de práticas tradicionais prejudiciais. Homens são removidos pra longe da paisagem e sua responsabilidade difícil de ser reconhecida. Em algumas práticas, como na queima de viúvas em Rajasthan, mulheres são vistas como abraçando a morte voluntariamente a morte na pira funerária de seus maridos. As culturas qme que essas práticas são tocadas criam pressões sociais tão forçosas que recusa parece impossível e ’escolha’ é inimaginável. Em culturas ocidentais mulheres são vistas como livremente escolhendo prostituição enquanto os abusadores masculinos são invisíveis. Isso pode quase ser visto como se mulheres fossem para dentro dos quartos e fizessem a prostituição toda por si mesmas. Os homens precisam permanecer invisíveis como se o mal social de seu comportamento de prostituição para com as mulheres que eles tem relacionamentos fosse pra ser escondido. Em Victoria agora nós estamos ouvindo mais e mais histórias de mulheres cujo casamento de 25 anos ou mais foi destruído pelo comportamento de prostituição de seu marido, comportamento que ele vê como justificável num estado no qual prostituição é uma empresa estatalmente licenciada, regulada e taxada que exibe suas mercadorias no centro de exibição do estado. A dor das mulheres na descoberta, repentina, de fotos de jovens moças nuas da mesma idade de suas filhas integradas com os feriados familiares estala e vai pensando na agonia de serem culpadas pelos parentes por não dar aele o bastante, perdendo a lealdade das crianças que tomam partido do pai abusivo. Tudo isso é o mal de uma escala massiva que está institucionalizada pela legalização da prostituição.
6/ Justificada com as ideologias dos homens : Mary Daly também, fala de como os sado-rituais são justificados e celebrados nas ideologias masculinas e nas academias. Isso é onde entra as ideologias que eu venho observando aqui, as ideologias que consentem com ou legitimam práticas de violência, liberalismo, pós-modernismo e teoria queer.
O ocidente tem uma cultura em que práticas de violência e opressão são escondidas, responsabilizadas nas vítimas pelas idéias de ’escolha’ liberal ou celebradas. Eu gostaria de acrescentar lésbicas e gays às constituições opressivas que são as vítimas das práticas prejudiciais tradicionais. O status oprimido de lésbicas ou homens gays, combinadas com a experiência de violência sexual de homens na infância, está construindo eles como constituintes das indústrias de transexualismo e modificação corporal na qual histórias dolorosas são literalmente cortadas dentro dos corpos das vítimas para enlucramento. Transexualismo tem uma longa história. Muitas culturas tem escolhido construir uma dominação masculina cuidadosamente regulamentada e uma subordinação feminina por convocar em uma terceira categoria aquelas crianças masculinas que não cabem nelas ou são desejadas por outros homens para uso em prostituição. Isso não é uma história ilustre mas uma história de opressão, a qual queremos pôr um fim.

Automutilação (cutting), piercing e tatuagem, infelizmente, não são apenas moda. Para muitas vítimas de violência sexual e opressão de lésbicas e gays cutting se tornou uma obcessão, uma forma de carregar pra fora deles com a égide da aceptabilidade a auto-mutilação que eles poderiam de outra forma performar com culpa em seus próprios quartos. Penectomias, a perfuração de gargantas, facas perfuradas estreitamente pelos corpos, tatuagens faciais, tem repercurssões. Elas são potencialmente fatais, afetam prospectivas de emprego, podem levar a perda de poder de fala, infecções por HIV e muitos outros riscos. Cortar-se leva a gente pra um caminho longe do insight original feminista de Nossos Corpos Nós Mesmas, que eles são bons e legais e não merecem violência, constrição, ser escondidos com maquiagem ou véus, lacerados com cirurgia plástica ou operações transexuais. As práticas de violência que eu tenho olhado aqui, prostituição, transexualismo, cutting, sugerem que a brutalidade da opressão da mulheres, crianças, lésbicas e homens gays nas culturas ocidentais nas quais os oprimidos tem que dis-associar ou irrelevar pra sobreviver. Mas esses liberais que querem-nos acreditando que nós vivemos no melhor de todos mundos possíveis, abençoado com uma posição num campo de jogos de iguais oportunidades, devem culpar essas práticas nas vítimas através das idéias de escolha, ou distorcer seus significados ou celebrá-las através das ideologias queer ou pós-modernas. No Canadá hoje, como na Austrália práticas tradicionais prejudiciais de violência estão vivas como nunca e a gente precisa estar habilitada pra identificar elas claramente e em opôr-se, sempre, a quaisquer tentativas de justificá-las ou de construir indústrias rentáveis em cima delas. Estúdios de auto-mutilação, bordéis, deveriam ser como impensáveis assim como a idéia de construir indústrias em cima de mutilação genital feminina (apesar de que,claro, revistas de modificação corporal usarem fotos de garotas e mulheres mutiladas para a satisfação pessoal dos homens).

Notas

(1) Lim, Lin Lean (ed), The Sex Sector : the Economic and Social Bases of Prostitution in Southeast Asia, International Labour Organization, Geneva, 1998.
Janice G. Raymond, Legitimating Prostitution as Sex Work : UN Labour Organization (ILO) Calls for Recognition of the Sex Industry Part One and Two, December 1998.

Referências
Mary Daly, Gyn/Ecolgy – The Metaethics of Radical Feminism Boston, Beacon Press, 1978, 1990.
Sheila Jeffreys, Unpacking queer Politics, Cambridge UK, Polity Press, 2003.
Sheila Jeffreys, The Lesbian Heresy, Melbourne, Spinifex Press, 1993.
Janice G. Raymond, The Transsexual Empire, New York, Teacher’s College Press, 1979, 1994
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Apresentado em Vancouver Rape Relief fundraising dinner, 24 Setembro de 1999.
© Sheila Jeffreys

* Disssociação ou Aprendendo a Disssociar: Muitos sobreviventes de trauma são familiares com dissociação. É uma habilidade primária usada para encobrir sentimentos. Algumas pessoas com repetidas experiências de eventos traumáticos particularmente na infância, aprender a dissociar bem cedo na vida. Dissociação significa escapismo mental e emocional quando fuga física não é possível Por exemplo, dissociação significa não permitir a situação dolorosa adentrar a consciência. Também pode significar bloquear seu impacto emocional por compartimentalizar o trauma. Isso permite aos sobreviventes desatachar-se do evento traumático, ajudando a desviar do seu impacto total. Se você dis-associar, você pode estar perdendo tempo, tempo que você não poderá contar ou tempo no qual você não estará certo de suas ações. Quando um evento é encobrido, ou quando esse evento é muito doloroso para tolerar, é natural e auto-protetivo aprender a dis-associar.[ Life After Trauma: A Workbook for Healing by Dena Rosenbloom, Mary Beth Williams