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Feminismo Radical em Foco – apresentação da feminista Betty McLellan

Um resumo que segue:

 

definições sobre feminismo radical:

 Catherine Mackinnon: feminismo radical seria o ‘feminismo imodificado’, um que não está disposto a modificar suas análises sobre o

Patriarcado.

Robin Morgan: define feminismo radical como “comprometimento estável com a população (‘povo’) político ‘mulheres’, e como ousadia em questionar qualquer coisa e redefinir a tudo.”

Diane Bell e Renate Klein: combinação entre intelecto indesculpável (que não quer se desculpar) e paixão sem pudor.

Denise Thompson: Chama de feminismo ‘per se’. Simplesmente chama de feminismo real. ‘Feminismo é feminismo’. Um que não aceita modificações em prol de um novo feminismo. [1]

Feminismo Radical é sobre análise de relações de poder DESIGUAIS.

Feminismo liberal foca na mulher individual, ‘ela pode fazer qualquer coisa’, uma que é livre para fazer o que quiser, enquanto que feminismo radical foca em mulher coletividade, que não importa a educação que receba individualmente se o estado de subordinação das mulheres como um todo permanece não-mudado e não-desafiado.

Liberalismo chama por trabalhar dentro do sistema. Liberalismo é negociar com patriarcado. Comprometer-se com o sistema se necessário. [2]

Radicais: cuidam-se constantemente para não ser coptadas pelo sistema, e se recusam a ser coptadas. Escolhem pelas margens como lugar melhor. Recusa em rever seus próprios valores e compromisso de maneira a ser aceitas pelo mainstream.
Por isso o feminismo radical é uma posição marginal e marginalizada, porque não é aceitável, somos postas nas margens. Mary Daly: “Nós optamos pelas margens”. É o único lugar efetivo para trazer mudanças.

 

Robin Morgan:

feministas radicais se recusam a:

* Soluções Individuais

* Pornografia e Prostituição

* Jogar as regras do jogo dos machos
Liberais: Voluntarismo, ‘eu posso escolher não ser oprimid@’. Radicais: Opressão é sistêmica.
Liberais: poder não é uma questão

Radicais: Poder É a questão.
E retomando ao final: feminismo radical é sobre mulher como coletivo, relações de poder desiguais, e trazer justiça para mulheres e para o planeta.

 “O Patriarcado tem uma maneira de absorver até os desafios mais ferozes a sua existência – ele meramente dispersa e assimila, e assim garante que o próprio sistema – o status quo – permaneça intacto.”

***

[1] A idéia de ‘imodificado’, de que se recusa a ser modificado, vem da Mackinnon, que chama feminismo radical de feminismo imodificado (feminism unmodified). Ou seja, o feminismo resistente ao backlash, que quer adaptá-lo ao sistema. A idéia é de que toda flexibilização no feminismo e de seus fundamentos, suas éticas fundamentais, é determinada por forças que coagem a luta e pensamento das mulheres para a sua adaptação ao sistema.

 [2] Comprometer-se com o sistema sempre inevitávelmente compromete a luta, a sua radicalidade sendo comprometida se torna uma mera acomodação ao patriarcado sem mudança radical.